FALANDO SOBRE INFORMATICA

Engenheiro que projetou, sozinho, o primeiro computador Apple conhecido como Apple 1 justamente na época em que o MITS Altair 8800 estava em voga. Wozniak, um conhecido brincalhão, nunca imaginou conseguir fama e fortuna com isso,pois fazia-o apenas para seu deleite, pouco tempo depois ele inventou o primeiro Macintosh. E o MAC hoje em dia é um dos computadores mais usando em todo mundo, coisa que Steve Jobs não acretitava que um dia fosse acontecer. Toda a vida de Steve Jobs gira em torno do Vale do Silício. Ali, em fevereiro de 1955, nasceu o pequeno Steven. Ali ele viveu depois de ter sido adotado por Paul e Clara Jobs, ali ele fez sua vida profissional e mora em companhia de sua mulher e três filhos. Jobs é um dos principais nomes do cenário tecnológico. Uma coisa a ser considerada, já que, embora muito conhecida, a Apple não é uma empresa especialmente importante, e Jobs não é um personagem muito extravagante, quando comparado a Gates. Toda a populari- dade de Jobs e da Apple vem do fato de que eles fazem parte da história da informática Jobs está obcecado em revolucionar o mercado de computadores pessoais, em inovar constantemente o design e a estrutura de seus produtos, para outros o copiarem. De fato, Jobs e a Apple conseguiram isso mais vezes do que qualquer empresa: nos anos 70, com o Apple II, nos 80, com o Macintosh, e nos anos 90, com o iMac e o iBook. Mas esse empenho, louvável em um mundo dominado pela Microsoft e pelos PCs, também quase lhe custou a vida. Essa vontade louca de inovar foi o que levou Jobs a impulsionar a Pixar Animation Studios, a empresa que abriu novos horizontes no mundo da animação com o sucesso, em 1995, de "Toy Story", o primeiro longa-metragem completamente gerado por computador. Quando se fala na Pixar, ouve-se falar de seu gênio artístico, John Lasseter, e se esquece de Jobs. Um erro imperdoável, levando-se em conta que seu CEO tem 64% da empresa.A velha história da garagem A Pixar é uma das meninas dos olhos de Jobs. A outra é a Apple, uma empresa que se caracteriza por ter protagonizado alguns dos grandes sucessos da indústria da informática, e também fiascos consideráveis. E porque seus usuários são, em muitos casos, fãs tão apaixonados desses computadores que chegam a se tatuar com o símbolo colorido da empresa. Antes de criar a Apple com Stephen Wozniak, Jobs passou por pouco tempo, e com poucos resultados, pela Reed College, em Portland (Oregon), trabalhou rapidamente na Atari, empresa pioneira de videogames, e na Hewlett-Packard. Na primeira ganhou dinheiro suficiente para fazer uma viagem à Índia, na segunda, conheceu Wozniak. Em 1974, de volta à Califórnia, passou a fazer parte do clube de Wozniak, o "Homebrew Computer Club". Jobs não queria apenas criar joguinhos eletrônicos como os outros membros, em parte porque não era tão bom nessa ocupação, e convenceu Wozniak a trabalhar com ele na criação de um computador pessoal. Os dois desenharam o Apple I no quarto de Jobs e construíram o protótipo na garagem dele. Decididos a criar uma empresa dedicada a vender computadores pessoais, conseguiram US$ 1,3 mil depois de venderem seus bens mais preciosos. Jobs se desfez de seu Volkswagen e Wozniak, de sua calculadora científica HP. Em 1976, começaram a comercializar o Apple I por US$ 666. No primeiro ano, as vendas alcançaram US$ 774 mil. Apple I Um ano mais tarde, depois de ampliar a empresa e conseguir mais dinheiro através de empréstimos e capital de risco, a Apple apresentou o Apple II, seu primeiro computador pessoal com interface gráfica, que logo se tornou um grande sucesso. Em 1980, a Apple começou a ser cotada na Bolsa. A partir de então, começou uma época de fracassos, como o Apple III, Lisa e Lisa II (o nome de sua filha mais velha), Cyberdog, Newton e eMate, e sucessos como o Powerbook, QuickTime, Power Macintosh e iMac. Um CEO que vai e volta Em 1985, a Apple ficou sem seus co-fundadores. Wozniak foi para a CL9 (Cloud 9), Jobs cedeu seu cargo para Gil Amelio e criou a empresa de software NeXT Corporation. As coisas não foram muito bem depois da saída dele. Em 1997, quando muitos davam a "empresa da maçã" como morta, e Forrest Gump começava a planejar se desfazer das ações da empresa, Jobs decidiu voltar a assumir seu leme. Sobretudo graças ao iMac e a uma forte aposta na Internet, a Apple voltou a despertar paixões e ganhar adeptos. O mérito da ressurreição é toda dele. Curiosamente, a Microsoft é uma das mais felizes com a volta da Apple. De um lado, seus produtos para Apple (que como as bruxas, existem) vendem mais. Por outro, depois da segunda volta de Jobs, em 1997, a empresa fez um polêmico investimento de US$ 150 milhões numa Apple agonizante. O que muitos consideraram um ato de caridade cristã, no final resultou em bastante lucro. Todos ficaram felizes, menos Amelio, que se viu obrigado a renunciar ao comando da Apple e a comprar por US$ 400 milhões a Next, uma empresa que não conseguiu que nenhum de seus produtos fizesse sucesso. Tocando vários projetos interessantes dentro da Apple, Jobs declarou que planeja estar à frente da empresa por mais quatro ou cinco anos. Será que a Apple poderá sobreviver sem Steve Jobs? A primeira vez não pôde. Veremos se na segunda vez consegue ou se ele terá de voltar de novo. Dois infortúnios Jobs, 45 anos, não teve sorte nos diferentes retratos que fizeram dele. "Piratas do Silicon Valley" é um filme feito há pouco mais de um ano pela televisão americana e que conta a ascensão de Steve Jobs e Bill Gates, mostrando o CEO da Pixar e da Aple como um feliz consumidor de diversas drogas na juventude e, mais tarde, como um empresário afetado. Muito pior, sem dúvida alguma, foi "The Second Coming of Steve Jobs", um livro escrito por Alan Deutchsman, que mostra Jobs como um narcisista inseguro e tirânico, feliz em humilhar seus funcionários sempre que pode e que depois de reassumir o cargo em sua empresa moribunda, implantou um reino do terror. Isso na Apple. Na Pixar, a situação era de luta constante para impor sua autoridade a funcionários completamente entregues a Lasseter. O livro, editado por uma divisão da Random House, levou Jobs a telefonar para Peter Olson, presidente da editora, para expressar seu mal-estar. Sem êxito. A chamada impediu que trechos do livro fossem publicados na "Vanity Fair", mas também acabou dando a ele uma publicidade que não tinha.